☠ A Lenda dos DrakHollow


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A LENDA DOS DRAKHOLLOW

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Nossa história começa em meados de 1500, onde, as navegações se encontravam em sua força - o que poderia encontrar em meio as águas desconhecidas? O que esse grande mar ainda havia de esconder. E hoje crianças, irei te contar sobre um grupo de jovens exploradores, que navegavam em busca de novas regalias, afinal, quem não gostaria de encontrar um tesouro para chamar de seu? Ah, mas esses garotos esquecem como os humores do mar são instáveis, acabaram por serem pegos em inesperada tempestade, a ventania fazia com a vela do navio quase se romper com tamanha força; e o leme, girava de maneira desfreada, um dos pobres marujos tentou apertar, mas uma tentativa falha – e do que adiantaria? Não enxergariam nada com os pingos de chuva que desciam tão violentamente sobre seus rostos. Naquele patamar, os garotos desistiram e rezaram para a chuva logo passar, mas uma crença ainda maior: que o mar não os afundasse.

Depois de algumas horas, a tempestade enfim se encerrou. Agora, eles podiam ver o que tinham adiante – o que sabiam que já estavam fora de sua rota original –, com o choque tomando seus olhos e um arrepio descendo pela espinha, se depararam com as águas tão escuras, e não demorou muito para entender onde estavam: O mar das almas abandonadas. Eles sabiam que estavam em uma enrascada, pois havia milhares de histórias que rondavam sobre essas águas, e pelas histórias contadas em portos, uma vez ali, não havia chance de sair com vida. Mas ainda assim, havia uma pulga atrás de suas orelhas, alguns questionando que tais histórias não passavam apenas de ‘’Histórias de pescador’’ para que não fossem ali, e se fossem verdade, imaginem só, a primeira tripulação que enfrentou as águas daquele que tanto chamavam de ‘’mar das almas abandonadas’’? Os tantos de tesouros que poderiam trazer? Além da fama que conseguiriam! A ganância daqueles jovens era maior que seu medo, mesmo que aquela vozinha em suas cabeças dizendo para voltar, a tolice e a curiosidade pelo místico eram maiores, e ali, foi o maior erro que poderiam ter cometido.

Após algumas horas de cantoria, entre chacotas e desdém do perigo que aquele mar poderia trazer, se depararam com uma neblina tão densa, agora, mal conseguiam enxergar um palmo a sua frente, e mesmo que tentasse olhar o redor, aquele véu gélido os impedia. Muitos chamam de véu da noite, outros, chamam de véu do último aviso para que fossem embora, e lógico, eles ignoraram aquele aviso. O susto os tomou quando o barco pareceu bater em alguma coisa, pareciam rochas...? Não sabiam responder, afinal, o sol já havia partido para seu descanso, agora era a lua que brilhava aos céus, trazendo um pouco de seu leve brilho para não ficarem totalmente no breu. Até que um dos jovens se lembrou da lamparina que se encontrava em um dos baús que havia no quarto, e prontamente foi buscá-la, e a trouxe para fora, iluminando um pouco o caminho a frente, e assim eles conseguiram entender, que não era apenas simples rochas, ah, deuses, como quiseram que fosse. Aquelas ‘’rochas’’ eram na verdade, crânios enormes de algumas criaturas que algum dia pisaram por ali, e encontraram seu descanso ali. Novamente eles sentiram aquele arrepio da espinha, causando diversos murmúrios e acabando por dividir a tripulação entre os mais espertos – que queriam ir embora, pois se havia bichos daqueles tamanhos ali, MORTOS, quem diria quanto tempo demoraria para serem os próximos? Os mais tolos, quer dizer, os mais aventureiros, onde seu espírito de aventura e ganância não descansaria tão rápido, diziam que já havia chegado até ali para desistir tão simplesmente assim, entre outras baboseiras que cada falavam para convencer ao outro grupo para explorarem o local, até que enfim entraram em um acordo: Se vissem algum sinal de que o lugar era perigoso, iriam embora dali o mais rápido possível.

Não demorou muito até que encontrassem uma ilha, na qual nomearam de ‘’ilha da caveira’’ um nome que por sinal combinava muito com o clima assustador que tinha ali. Quando atracaram o navio na praia a maior questão viera: Dormiriam no barco e esperar até o sol nascesse atrás das montanhas, ou ir explorar a ilha mesmo estando de noite? Eles ficaram debatendo isso por muito tempo, mais do que gostariam, até chegarem em alguma conclusão.

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Um grupo de 4 Drakomis iriam ficar no barco até que o sol nascesse, ou até algum sinal de perigo. Outros 3 iriam explorar a ilha em busca de seus tesouros, usando as lamparinas restantes para iluminar seu caminho. Um ótimo plano, não? Qualquer coisa o outro grupo voltaria às pressas ao sinal de qualquer perigo! E assim, todos poderiam voltar a salvos para a vastidão do oceano, em busca de encontrar sua rota mais uma vez.

O grupo que ficou no barco, dormira relativamente bem – mas ainda assim, a preocupação em nenhum momento os deixou, o sol já havia nascido e brilhava fortemente, e nada dos três Drakomis voltarem de sua exploração. O que diabos poderia ter acontecido? Então após uma breve conversa, decidiram se separar em grupo de duas pessoas, dois ficariam no barco para não haver perigo que algo acontecesse, além de prestar socorro caso fosse necessário. E o restante, iria explorar atrás do grupo de exploração, para verificassem que estavam bem, e além de claro, se juntarem para explorar mais daquele lugar, em busca da sua tão desejada recompensa. Iguais crianças que buscam o pote de ouro no fim do Arco-íris.

Aquela ilha tinha um aspecto sombrio, nem mesmo os raios de sol conseguia adentrar em meio a sua folhagem densa, e aquela neblina intensa ainda cismava em continuar causando um clima gélido, deixando tudo ainda mais horripilante, não parecia haver uma alma viva naquele lugar. Quanto mais andavam sobre aquele lugar, mais arrependidos ficavam, presos a aquela sensação horrível que os dominavam, como se soubessem que algo naquela floresta os observava, esperando o único deslize para atacar. Mas, ainda assim, eles se sentiam atraídos pela ilha, como se ela os chamasse para desvendá-la, e a cada passo, uma nova sensação os tomava, uma reconfortante, um incentivo para seguirem cada vez mais longe e se afastarem da praia. Até que enfim avistaram um de seus companheiros, em meio as árvores, fazendo que os dois suspirarem aliviados, se haviam encontrado ele, poderiam encontrar os demais. Isso fora um impulso para correrem até ele, e ver o que havia descoberto, o tesouro tinha sido encontrado?!

Mas ao chegarem próximo de onde seu colega estava, o horror finalmente tomara conta de seus rostos: Seu colega de tripulação estava morto. Sua cabeça havia sido separada de seu corpo, agora, espetado sobre em um troco tão afiado quanto uma estaca. Sua expressão de pânico era evidente, seus olhos ainda estavam abertos em pleno horror. O resto de seu corpo estava sendo devorado por um...Drakomi? Não, aquilo não poderia ser um. E bem, e se algum dia fora um, não era mais. Era tão diferente de tudo que já haviam visto, era algo terrível.

E aquela criatura havia notado a presença deles, soltando um grito agudo ensurdecedor que quase chegara a machucar os ouvidos daqueles dois, se não fosse o horror que já tinha os congelado no lugar. A aparência da criatura começou a mudar diante de seus olhos, se tornando algo mais sombrio, mais perigoso.

Os jovens saíram correndo, como se as próprias pernas tivessem enfim, tomado vida própria. Seus corações batendo tão forte sobre o peito. Haviam conhecido uma nova sensação tão horrível quanto a outra – com o risco que, se dessem algum passo em falso, morreriam. Correram como nunca haviam corrido, o cansaço não os atingia, a adrenalina no corpo essas horas era como um combustível, e só pararia quando soubessem que estavam em um lugar seguro.

Só que aquilo não era o suficiente, pois aquela criatura era mais rápida do que imaginavam, e com seus gritos, mais criaturas começaram a aparecer. Uma mais horrenda do que a outra. Quando menos perceberam, já estavam cercados! Não tinha mais o que fazer, nem para onde correr, restando apenas orações para que algo divino os salvassem, ou que ao menos, conseguissem seu descanso após seu fim. Até que escutaram um POW, um som alto e estridente de uma bala saída de uma arma.

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Os deuses haviam os escutado, e mandando ajuda! Seus companheiros que ficaram no barco estavam ali, com um ódio sobre os olhos, mas, ainda assim, tinha seus traços de medo e dúvida, o que seria essas criaturas? Suas aparências, como se estivessem sido abandonadas pelos deuses para que nunca fossem encontradas.

Uma daquelas criaturas havia sido atingida por uma bala, causando um bom de esperança para os jovens que aquilo pudesse ser sua fraqueza. Seus colegas armados focaram em atirar em tais aberrações, tantos que nem consigo pôr em conta, acabando com parte da munição que tinham. Só...que as criaturas eram fortes demais, e as balas não pareciam surtir efeito, com os buracos de onde as balas passaram, fechando tão rapidamente – como se não tivessem acertado nada. Ao invés de ajudar, o som dos tiros, ecoados pela floresta, pareceram atrair mais daqueles monstros. Um dos rapazes soltou um xingamento involuntário.

E então, as criaturas que estavam cercando aqueles dois jovens exploradores começaram a atacá-los, os despedaçando em vários pedaços, em uma fome voraz. Os poucos gritos que ouviam eram súplicas para que parassem, gritavam pela dor de cada parte ser arrancada com tamanha brutalidade. Os dois armados ficaram tomados pelo tamanho horror, não tinha mais o que fazer, não havia esperanças para aqueles dois, não mais. E quando os gritos finalmente cessaram, a realidade tomou conta, e os dois, agarrados ao desejo de nunca mais pisarem naquele lugar, saíram correndo em direção à praia, onde o barco se encontrava. Ainda poderiam ter esperanças? A saída estava bem a sua frente, estava tão perto! Usando o restante de suas forças para empurrar o barco a água, sentindo um alívio ao perceberem que sim, iriam escapar dali. Só não esperavam que em meio a floresta, grandes tentáculos os seguiram silenciosamente, e no momento de distração daqueles dois últimos sobreviventes, agarram suas pernas e arrastara os dois para dentro da floresta. O lugar de onde nunca deveriam ter saído.

Depois de algumas horas, uma daquelas espécie modificada de Drakomi encontrou o barco, e logo gritara para os demais Drakomis se aproximarem, e eles foram juntos navegando por aquele barco pelos mares a fora, finalmente escapando daquela ilha. Não se tem notícia para onde as ondas os levaram, em que direção poderia ter ido? Mas uma coisa e certa, minhas crianças, na noite mais escura, eles vão nos encontrar.

Acredite se quiserem.

Afinal, como diziam, isso não é apenas história de pescador?

CREDITOS


Quem fez a base da lenda foi eu Fiybs Kuchiki , e quem deu a vida para ela a deixando incriveeel foi a nossa roteirista Mnemosine Aoki