Lírio

 Uma gata de pelos majoritariamente claros, de cor branca. Com manchas acinzentadas em sua face e calda. Em uma das patas dianteiras possui uma mancha preta, assim como na ponta de sua calda. Tem algumas listras da mesma cor em sua face e orelhas.

 Seus olhos são de cor azul, focinho e almofadinhas das patas são bege de um tom claro. Tem uma cicatriz passando sobre um dos olhos. Seu porte físico não tem muito de especial, de tamanho mediano com 27 centímetros de altura, 39 de comprimento e pesando 5 quilos. A única coisa que se destaca é sua calda felpuda e de pelos maiores em comparação ao resto do corpo, que tem o comprimento mediano.

 Sua personalidade é distinta e um tanto difícil de se descrever. Demonstra pouco suas emoções e quando as demonstra são sempre muito intensas e de mudança repentina. Possui um problema para detectar e compreender sentimentos dos outros, o que resulta em constantes inconvenientes, dando em diversos problemas para se comunicar e interagir.

 Entretanto, tem um lado gentil que poucos conhecem, sendo assim apenas com aqueles que tem extrema importância emocional para ela. Nesses casos por mais raros que sejam, Lírio demonstra se importar muito e tenta o melhor para os fazer feliz.

 Muitas vezes parece não ter noção das coisas a sua volta, não se importando com ver a morte ou sofrimento dos outros, não demonstrando empatia ou coisa do tipo.

Uma das coisa que mais se destaca em sua
personalidade é seu "problema" com sangue. Não há bem uma coisa especifica que a fez começar com isso ou se quer sabe quando começou. Também parecer ter preferencias nos sangues, gostando de alguns a ponto de ignorar tudo a sua volta para consumi-los e odiando outros a nível de se incomodar apenas por estar próxima. Alguns veem isso como canibalismo, mas não tem nenhum interesse em se alimentar com carne de sua própria espécie.

Nasceu no clã do rio, teve uma infância relativamente normal por um certo tempo, mas quando ainda era filhote começou a ser atormentada por um espirito da floresta negra, o que a levou a começar a invadir o território de outros clãs, atacar gatos sem motivo e outras pequenas atitudes não muito boas.  

Quando era aprendiz, acabou atacando e matando seu irmão, ninguém do clã descobriu mais existiram muitas suspeitas. Não tinha muitos amigos nessa época e passava boa parte de seu tempo brincando com ossos que encontrava. 

Cerca de uma lua depois de ter se formado como guerreira, sua mãe acabou morrendo devido a uma doença desconhecida. Isso acabou como um gatilho para a fazer fugir do clã – algo que já planejava a um tempo considerável. Ela viveu sozinha na floresta por cerca de uma lua, até acabar conhecendo uma gangue de isolados e se juntando a eles. 

Nesse meio tempo acabou tendo dois filhos, quais ela acreditava que o pai era um antigo "amigo" do clã do rio, e com o objetivo de os proteger acabou os deixando com ele. 

Junto com a gangue de isolados começou a realizar ataques contra os clãs, inúmeras chacinas, massacres e genocídios, atos que traumatizaram muitos. Uma das coisas que mais gostava de fazer, era pegar gatos e separar seus membros, junta com o de outros animais e fazer estranhas quimeras e aberrações – que frequentemente espalhava pelas fronteiras dos clãs – tudo com o objetivo de chamar a atenção dos líderes. 

Ela não sentia nenhum apego emocional por ninguém da gangue, mas uma coisa que chamava a atenção era sua relação com o líder, Andarilho das Nuvens. Sempre o incomodava quando possível, fazendo piadas e o irritando de diversas maneiras, entretanto, a relação desses dois evoluiu de forma repentina.  

Após um dia especifico começaram a ficar próximos, se tornando uma espécie de amizade e por parte dele, uma obsessão. Sem que Lírio soubesse Nuvens começou a seguir por onde quer que fosse, em um ato de stalking. Também matando todos os gatos com que ela tinha contato, comendo a carne deles e entregando os ossos de presente para ela. Uma hora Nuvens revelou a verdade, confessando os crimes e também declarando seus sentimentos, por incrível que pareça a mesma não se importou e ainda aceitou ser tornar companheira dele. A relação dos dois era até que saudável, a única coisa que se destacava era o grande ciúme que Nuvens tinha. 

Viveu bem por um tempo, ficando em paz na gangue e com a companhia de seu companheiro. Teve cinco filhos, dos quais quatro deles morreram ao nascer, mas as coisas começaram a realmente piorar quando os clãs começaram a perseguir a gangue. Acabou sendo pega e levada para o clã das sombras, onde passou por coisas horríveis, desenvolvendo inúmeros traumas. Felizmente, fugiu tempo depois. 

Para proteger sua filha das perseguições dos clãs, a deixou sob os cuidados de um amigo isolado. O restante dos membros acabou morrendo ou saindo, ficando apenas ela e Nuvens. Em um último ato para causar o caos, os dois causaram um incêndio por todos os clãs e por fim, ao serem encurralados em uma montanha cometeram suicídio juntos.