Backstory
Amy teve uma infância um tanto quanto perturbada, visto que em sua casa sempre haviam brigas entre seus pais, - estas que sobrava para seu irmão mais velho, Kuroo separar. Rodeada de xingamentos e sons de objetos sendo quebrados violentamente quase todos os dias, cheiro de bebida alcoólica no ar, ela cresceu sentindo medo de seus próprios pais, - mais especificamente, de seu pai, o principal fator que desencadeava as brigas. Ver seu irmão se desgastando tanto para protege-la, a ponto de se machucar com castigos infernais era insuportável, não conseguia nem ao menos se proteger, quem dirá protege-lo... À medida que Amy crescia, ela se via presa em um ciclo de medo e impotência, incapaz de escapar da sombra sombria que pairava sobre sua família. Ela ansiava por paz e segurança, mas a realidade cruel de sua vida cotidiana continuava a atormentá-la.
Seu irmão, Kuroo, tornou-se seu único refúgio em meio ao caos. Ele era seu protetor incansável, enfrentando os tormentos de seu pai para manter Amy a salvo. No entanto, o peso da responsabilidade e a constante exposição à violência começaram a pesar sobre os ombros de Kuroo, deixando-o emocionalmente exausto e fisicamente machucado.
Apesar do amor que sentia por seu irmão e da gratidão por sua proteção, Amy se sentia culpada por ser uma carga para ele. Ela se perguntava se algum dia seria capaz de retribuir todo o sacrifício que Kuroo fazia por ela.
Enquanto isso, a presença ameaçadora de seu pai continuava a assombrar Amy, alimentando seus medos e inseguranças. Ela desejava desesperadamente encontrar uma maneira de romper as correntes que a prendiam, mas o caminho para a liberdade parecia cada vez mais distante.
No entanto, em meio à escuridão que envolvia sua vida, pequenos raios de esperança começaram a surgir. Amy encontrou conforto nas palavras de apoio de uma professora na escola e na gentileza de um vizinho compassivo. Esses momentos de bondade e compreensão acenderam uma chama de determinação dentro dela, alimentando sua vontade de lutar por uma vida melhor.
Com o apoio de pessoas que acreditavam nela, Amy começou a encontrar coragem para enfrentar seus demônios internos e lutar por sua própria felicidade. Apesar dos desafios que ainda estavam por vir, ela sabia que não estava mais sozinha e que havia esperança para um futuro mais brilhante.
Enquanto isso, Kuroo continuava a proteger sua irmã com todas as suas forças, determinado a mantê-la segura, custasse o que custasse. A ligação entre os dois irmãos era inquebrável, uma fonte de força e apoio mútuo que os ajudaria a enfrentar os desafios que estavam por vir.
Com o passar do tempo, o peso da opressão finalmente se tornou insuportável para Kuroo e Amy. O que antes era medo transformou-se em determinação, e eles decidiram que era hora de confrontar seu pai e colocar um fim ao ciclo de abuso que assolava suas vidas.
Juntos, eles enfrentaram o desafio de convencer sua mãe a se divorciar do homem que os atormentava. Com paciência e determinação, eles ofereceram amor e apoio inabaláveis, mostrando-lhe que havia uma vida melhor além das paredes da casa que ela compartilhava com seu marido abusivo.
Finalmente, depois de muita luta e angústia, sua mãe encontrou a coragem para dar o passo necessário em direção à liberdade. Ela iniciou o processo de divórcio e buscou a proteção da lei para garantir um futuro seguro para si mesma e seus filhos.
Com o divórcio, uma sensação de alívio se instalou na casa, como se um peso tivesse sido retirado dos ombros de todos. O silêncio substituiu os gritos e xingamentos, e a paz começou a se estabelecer lentamente.
Kuroo e Amy não tinham ilusões de que o caminho à frente seria fácil, mas agora eles tinham esperança. Eles haviam enfrentado seus medos e lutado por sua liberdade, e agora estavam prontos para começar a reconstruir suas vidas juntos, como uma família unida pelo amor e pela determinação de superar as adversidades que haviam enfrentado.
Littlespace
Como sua válvula de escape e como forma de aproveitar o que ela não teve, a garota desenvolveu um habito de regredir, criando um mundinho para si mesma, um lugar calmo e feliz, um lugar onde ela poderia ser ela mesma e agir como a criança feliz que gostaria de ter sido quando era realmente uma criança. Amy encontrou em seu "littlespace" uma válvula de escape para os horrores de seu passado e uma forma de compensar as experiências que lhe foram negadas na infância. Nesse lugar imaginário, ela podia ser livre para explorar sua inocência perdida e reviver os momentos de alegria e felicidade que lhe foram roubados. Era um refúgio onde ela podia ser verdadeiramente ela mesma, sem medo do julgamento ou das sombras do passado.
No entanto, mesmo nesse mundo de fantasia, as sombras da realidade ainda persistiam. Amy enfrentava o constante julgamento e incompreensão das pessoas ao seu redor, que viam seu estilo de vida como infantil ou imaturo. Ela lutava para conciliar seu desejo de escapar para seu "littlespace" com as expectativas sociais e as pressões do mundo adulto.
Essa luta constante contra o estigma e a incompreensão apenas servia para reforçar os traumas do passado de Amy, alimentando suas inseguranças e dúvidas sobre si mesma. No entanto, ela se recusava a abrir mão de sua busca por felicidade e autoaceitação. Apesar dos obstáculos que enfrentava, Amy estava determinada a encontrar paz e alegria em seu próprio caminho, mesmo que isso significasse enfrentar o preconceito e a desaprovação dos outros.
Com o apoio de seus entes queridos e sua própria resiliência, Amy continuava a lutar pelos momentos de tranquilidade e felicidade que encontrava em seu "littlespace", sabendo que esses momentos eram preciosos e valiosos, independentemente do que os outros pudessem pensar. E, aos poucos, ela aprendia a abraçar sua verdadeira natureza e a encontrar força na vulnerabilidade, construindo um futuro onde ela poderia ser verdadeiramente livre para ser ela mesma.