[♚] Miguel Lig'th Ross

Conhecido por ser o anjo portador da tristeza da lua. Miguel desde sua nascença, nasceu com um símbolo de meia lua em sua testa, o quão muito dos anjos por perto ficaram curiosos em saber: Qual seria sua função? Que tipo de bênção ou divindade ele possuía? Pela primeira vez na raça dos anjos, havia um que nasceu totalmente oposto de todo anjo que já nasceu e deixou marcado seu nome na história. Um que ao invés de ser próximo ao seu Deus, é o mais afastado e oculto de todos. A família que Miguel nasceu, é conhecida como " Skybland la Ross " uma das famílias da realeza e conhecidas, pelo seu tamanho de conquistas e grandeza, mas ficando como a 2° Família maior, do Mundo do Céu, ficando por trás da família " Crawford " Seus pais são conhecidos por terem vivido a grande guerra entre as 3 raças, como são também conhecidos por serem anjos celestiais.

(⚠️ - Mundo do Céu - É o habitat e território dos Anjos, habitando as vezes humanos que tem o direito de viver entre os Anjos.)

(⚠️ - A Grande Guerra das 3 Raças - Na geração antiga, humanos, demônios e anjos, estiveram batalhando durante anos. Um dos maiores motivos, foi pelos recursos de cada raça, não se sabe ao certo, qual das 3 raças deu início a guerra.)

(⚠️ - Família Crawford - É conhecida por ser a maior família no Mundo do Céu, além de terem os melhores cavaleiros e comandantes que participaram da antiga guerra entre as 3 raças. Não só cavaleiros, como também são reconhecidos e respeitados por sua lealdade e compaixão, um pelo outro.)

Na sua infância, Miguel não havia tantos amigos, ou se quer conseguia fazer, já que muitas das crianças ficavam com receio e medo, pelo Miguel ser o único anjo com asas cinzas, dando sinais de possivelmente, ser um anjo caído. Mas o mesmo não tinha noção sobre isso, já que seus pais eram ocupados demais para poderem explicar sobre sua situação. O reino todo o tratava bem, mesmo que ele não conseguisse fazer novas amizades, ou até mesmo tentar se comunicar, já que era tímido demais. Sendo reconhecido por ser o filho da família Ross, não era o suficiente. Mas certa noite, quando ele conseguiu se encontrar com seus pais, havia uma nova presença na residência, o quão tinha um cheiro totalmente diferente de um anjo ou se quer humano. Um pequeno demônio, estava machucado e tremendo de frio, seu cabelo parecia a de uma rosa espinhosa, mesmo estando em um estado crítico, capaz de até falecer. Os pais de Miguel estavam tentando ajudar o demônio, mesmo sabendo que tinham quebrado uma das importantes regras do território. “Nunca, jamais. Nossa terra será pisada por um demônio sequer, dos maiores, aos menores.” Não era hora de pensar em regras e avisos, ainda mais quando uma vida estava em risco, Miguel assistia em silêncio, seus pais tentando de todas as curas e poções que tinham no estoque, mas nenhuma sequer funcionava no pobre demônio, sua doença e ferimentos eram fortes demais. Os pais de Miguel não sabiam mais o que fazer, nem seus poderes conseguiam fazer algum milagre, enquanto eles procuravam por mais opções em sua biblioteca, Miguel de penetra, foi ver a situação daquele demônio, o vendo tremer de dor, frio, sofrendo dolorosamente em silêncio. Miguel não podia fazer nada, não tendo conhecimento e possibilidades com seus poderes que não foram descobertos, ficando tenso, percebendo que o demônio não estava aguentando mais. Ele tentava fazer o que exatamente seus pais fizeram antes, mas já era inevitável o fracasso. Tentando, tentando e tentando, e nada adiantava, ele abraçava o corpo daquele demônio em desespero, não esperava ver uma morte na sua frente tão cedo pra sua idade. E não aguentando o seu medo, suas lágrimas descem diante de seus olhos, de uma forma silenciosa e delicada, com as gotas caindo nos olhos fechados daquele demônio. Quando seus pais voltam com mais suprimentos, eles se deparam com seu filho abraçando o demônio, que estava totalmente curado, sem nenhum ferimento sequer em seu corpo, abraçando Miguel com os olhos bem abertos. A cor vermelha de seus olhos, sumia com a luz da lua que estava em cima dos dois, virando um azul sereno e delicado.

Após uma noite chuvosa, Miguel começou a cuidar do demônio, o qual começou a chamar de " Irmão ", ele se chamava " Gabriel San't " e sendo o novo membro da família, era chamado de " Gabriel San't Ross ". O demônio que possuía olhos azuis marinhos e brilhantes, igual a Lua. Aconteceram diversas discussões e mal entendidos, sobre o demônio no território Ross, e também, sobre os poderes de Miguel. 2 semanas se passaram, e havia tudo se resolvido da forma segura e pacífica, graças a uma pequena ajuda do líder da família Crawford. O quão era bastante amigável com o pai de Miguel, como se fossem velhos amigos de infância. Havia certos boatos sobre o líder da família Crawford, ter um filho humano. Mas isso já seria outra história… Com o tribunal resolvido, a Família Ross poderia viver com Gabriel, a menos, que eles tomassem o total cuidado absoluto, de ensinar o mesmo, a se comportar e ser um bom garoto. Como o Miguel por exemplo. Como os pais de Miguel e Gabriel, eram ocupados, Miguel passou a cuidar de Gabriel, a maioria das vezes, o ajudando nos seus aprendizados, mostrando cada objeto curioso ou mágico, e às vezes, brincavam juntos. Miguel não se sentia mais solitário com a presença de seu novo irmão, parecia que foi dado um grande presente a suas mãos, dando mais do que apenas uma nova companhia. Seus passeios pelas cidades, chamavam bastante atenção dos anjos de plantão, o que deixava Miguel um pouco incomodado, já que sempre chegavam para ver Gabriel, por sorte, Gabriel era gentil e dócil até demais ao ponto de vista de Miguel. Até diversas crianças começavam a se interessar e brincar com Gabriel, mas Miguel não deixava, não pelo fato de distrair ou serem má influência ao seu irmão.

- (Ele… por que vocês só querem saber dele? O que ele tem de tão especial, que eu não tenho para vocês?... Bando de interesseiros…)

Mas isso não era nem se quer o começo, mesmo Miguel tentando ser o conselheiro e guia de Gabriel, o protegendo e o levando para longe daqueles anjos, não era apenas isso que ele tinha que lidar. Toda vez que seus pais chegavam, eles davam mais atenção a Gabriel, do que o próprio filho de nascença. Mesmo que ele recebesse um pouco de atenção e carinho de seus pais, não era… Suficiente… É egoísta pensar assim? Querer um pouco daquilo tudo que ele tem? Eu fiz tantas coisas, tanto esforço, e é só isso o meu pão? Porque… porque… - Isso não é justo… ISSO… NÃO É JUSTO!!! EU QUE DEVERIA RECEBER TUDO ISSO!!! NÃO ELE!!! ELE… ELE É APENAS… … Um demônio.

Muitos anos e meses se passaram, e com o tempo, os pequenos cresceram. Após anos de estudos e práticas, Gabriel havia descoberto seus poderes de plantas, ele era conhecido por quase todos os anjos por lá, sendo tratado muito mais do que apenas um amigo. Diferente de seu irmão, que após certa idade, começou a deixar Gabriel a andar sozinho por conta própria, dificilmente via os dois juntos andando, Miguel estava totalmente alterado e diferente do normal. Estava mais arrogante, ignorante, rude e sem um pingo de educação com os outros anjos ao seu redor, nem mesmo o seu próprio irmão ele respeitava direito, mas apenas irritado. Nem sempre todos são bonzinhos, não é mesmo? Do mesmo jeito que Miguel ignorou diversos anjos, os mesmos fizeram isso com ele, mas como se ele fosse ligar. Gabriel os acalmava, limpando a situação para Miguel, como se ele fosse se importar com essas baboseiras e fofocas dos outros. Ele apenas pensava em uma coisa, seu objetivo fatal, pensando em como colocar em prática no momento certo. Em uma certa tarde, Miguel foi obrigado a acompanhar Gabriel, para as gincanas e comemoração ao grande dia, onde o Anjo Heróico, deu o fim a grande guerra das 3 raças. Gabriel estava bastante empolgado para ter um dia divertido com Miguel, já que fazia anos que os dois não brincavam ou se divertiam juntos, enquanto Miguel queria mais era deitar no quintal da mansão de seus pais e dormir por um longo tempo. Havia bastantes anjos e até comandantes administrando e mantendo a vigia em guarda, sobre a gincana toda. Já que a gincana estava sendo feita diante da frente da estátua de ouro, feito do Anjo Heróico. Eles conservam bastante e mantém o respeito diante dela, dizendo ser sagrada a eles. Enquanto Gabriel ficava animado com cada tipo de jogos e comidas que haviam por lá, Miguel ficava observando aquela estátua, percebendo que era bem vigiada pelos guardas por perto.

- (Nenhum dos comandantes, ou até dos anjos ancestrais, adoraria ver uma estátua importante como essa, suja ou se quer quebrada… Hmmm…)

Miguel então decidiu se juntar ao seu irmão, começando a participar dos jogos que o mesmo jogava, Gabriel estava se divertindo bastante com Miguel ao seu lado, como nos velhos tempos. Enquanto anoitecia, alguns anjos começavam a irem embora de volta para seus lugares, enquanto os dois estavam sentados, saboreando uma torta de maracujá, era a preferida dos dois aliás. Comendo em silêncio, Miguel percebia que a estátua estava desprotegida, com nenhum guarda por perto.

- Hey irmão, que tal brincarmos de verdade ou desafio? - Miguel se virou a Gabriel, com o mesmo se interessando na brincadeira, não perguntando nem duas vezes, pedindo por desafio, já que ele não sabia se Miguel poderia brincar com ele novamente, no futuro. - Vamos ver… Que tal assim, eu te desafio a subir no topo daquela estátua! Se você conseguir, eu te compro mais um pedaço de torta.

(⚠️ - Anjo Heróico - Um noble plebeu que batalhou bravamente, contra o Rei dos Demônios, na guerra entre as 3 raças. Seu sacrifício, resultou o final da guerra, levando junto o Rei dos Demônios, para a morte. Os anjos honraram sua bravura, coragem e sacrifício, criando uma estátua de ouro, que mantém embaixo dela, a espada do mesmo. Considerando ser uma relíquia lendária para os anjos.)

Com torta, não se brinca. Pensou Gabriel, mas olhando bem para aquela estátua, era bem maior olhando de longe, pensando bem se deveria mesmo fazer isso, mas desafio é desafio, torta é sagrada, ainda mais de maracujá. Então com bastante cuidado, Gabriel foi em direção até a estátua sem ser visto pelos colaboradores que organizaram as gincanas, já que eles estavam desfazendo os jogos e barracas. Miguel ficava observando em silêncio, com um " sorriso sereno e inocente ", com sua expressão mudando, ficando um pouco estranho… Parecia que seu plano estava finalmente ocorrendo. Gabriel ao chegar perto da estátua, ele começou a escalar ela, graças aos seus poderes, criando raízes em suas mãos, começando a subir com cautela. O que ele não esperava, era que aquela estátua, estava um pouco danificada, ao passar dos anos, capaz de um mísero deslizo, quebrar alguma parte dela. E com bastante cuidado, Gabriel consegue chegar até o topo da estátua, vendo uma vista linda e maravilhosa da noite que estava, mesmo sendo noite de meia lua, as estrelas no céu todo, estavam divinas para se apreciar. Mas isso dura por pouco tempo, após olhar para baixo, Gabriel vê bastantes anjos ao redor da estátua, o encarando, mandando descer imediatamente, estavam furiosos, com alguns comandantes por perto, observando a ousadia do demônio. Gabriel fica confuso com tudo que acontecia por baixo, não sabendo o porque daquilo tudo, por uma estátua, já que ele não sabia que o essa estátua tratava. Com toda aquela pressão e fúria dos anjos por baixo, Gabriel tentava descer devagar, mas com bastante medo de cair, e com um pequeno desleixo, Gabriel acaba escorregando e caindo nas asas, quebrando as 04 (quatro) asas que a estátua possuía. Todos do local, ficam chocados, vendo a grande estátua do Anjo Heróico, sendo quebrada daquela forma, por sorte, a estátua se mantida em pé, mas sem suas asas. Gabriel que se levanta do chão, meio tonto e machucado com a queda, é pego rapidamente pelos guardas, começando a ser levado. Gabriel tentava se soltar, chamando pelo seu irmão, vendo Miguel no meio daqueles anjos. Mas ele não fazia nada? Nem o ajudar ou se quer parar os guardas? Porque… Por que estava sorrindo?...

Após aquela noite, ao amanhecer, no tribunal, Gabriel foi condenado, sendo banido no Mundo do Céu. Com tal desrespeito e audácia, de subir na estátua do Anjo Heróico, a Família Ross e seus pais não podiam fazer nada para salvar seu filho, e nem mesmo a família Crawford. Antes de voltar a superfície, onde é o território de humanos e demônios, seus pais lhe deram vários suprimentos, riquezas e comida, para que não passasse por dificuldades, lá embaixo. E seu irmão Miguel? Não apareceu mais, depois daquela noite. Após Gabriel começar a descer, Miguel aparece, se fazendo de coitado pro lado de Gabriel, que não percebia a falsidade e crueldade diante de seu olhar. Ou será que sabia que Miguel planejou isso tudo com ele? E ao descer, com companhia de Miguel ao seu lado, o mesmo se despediu de Miguel, com bastante alegria e um sorriso sincero? Como… Após ter passado pelo tribunal e aquele ódio todo, consegue ser feliz? Isso irritava Miguel, mesmo que Gabriel não fosse mais ver o rosto do mesmo. Miguel observa Gabriel se afastar, carregando suas malas, enquanto acena para ele.

- … Você sabe… - Miguel falou com um tom de voz alto.

- Uhm? Sei? Do que?... - Gabriel parou, de costas para Miguel.

- Você sabe, que eu planejei isso com você, e mesmo assim, como consegue ser feliz? E gentil comigo?

- Você não fez isso por querer, irmão. No fundo, você está triste, pela minha partida de agora. Eu sabia que desde aquela época, você sentia ódio e ciúmes, daqueles que vinham a mim. Eu não te culpo, por você me querer sempre ao seu lado, eu também sempre quis ficar ao seu lado. - Disse Gabriel, virando um pouco de seu rosto a Miguel, sorrindo um pouco com os olhos fechados.

- Os outros, podem te ver como um anjo horrível ou chato, mas eu… Eu vejo que você é apenas triste, por ninguém conseguir te compreender, e ficar sempre ao seu lado. Eu tentei… Mas eu falhei… Então por favor, não se culpe pela minha partida. Tudo isso é minha culpa da minha cegueira inocente. Mas lembre-se…

- As rosas sempre estarão em nossa volta, e com elas, nunca estaremos sozinhos. - Os dois diziam em sincronia, com Gabriel rindo um pouco, enquanto Miguel o encara com desgosto. Miguel então se vira, voando de volta para o Mundo do Céu, deixando Gabriel seguir o seu novo caminho. E ao chegar em seu lar, ele fica encarando as rosas do jardim, sem Gabriel… ele finalmente poderia viver em paz, sem ter que ouvir a voz irritante de seu irmão, ou as notícias que os anjos falavam dele. Mas porque… Ele sentia algo incomodando…