Kikiya

Sua infância foi conturbada, ela tinha que correr atrás do básico para satisfazer suas necessidades, eram tempos difíceis em Clivera; a maioria da população tornou-se miserável. Freya se empenhou para aprender a se defender, tudo o que sabe hoje foi ensinado pelo seu pai, o único membro de sua família que restara após o massacre. Posteriormente, Freya foi convocada para servir o exército, não tinha como recusar pois seria uma boa oportunidade para ela tirar a sua família do fundo do poço, apesar de ter que ficar meses ausente; seu pai a apoiou, e disse que ela com certeza sucederia. No quartel, eram feitos diversos testes para mensurar a capacidade física e intelectual dos recrutas; o perfil de um soldado exímio era exatamente os valores e habilidades que Freya levava ao longo de sua vida: agilidade, força, raciocínio lógico e amor pela humanidade. Ao conseguir ser alistada, Freya foi autorizada a visitar o seu pai, chegando lá, os vizinhos disseram que ele infelizmente viera a falecer. Aparentemente ocorreu uma rebelião que o deixou severamente injuriado. Freya sabia que aquilo foi obra da força tarefa e que ela teria que controlar rebeliões, consequentemente, irá acabar machucando pessoas inocentes, pessoas que apenas querem melhores condições de vida, pessoas livres, porém submetidas à um regime autoritário asqueroso.

Então, ela tomou uma decisão. Decidiu largar a oportunidade de servir ao estado, juntou suas coisas: tudo aquilo que achava importante, e sumiu do mapa. Foi para um lugar distante, que ninguém nunca poderia a encontrar. Depois de uns meses vivendo à deriva da humanidade, ela se deparou com algumas pessoas que viviam se infiltrando em diversos lugares. Pesquisando sobre, Freya percebeu que essas pessoas caçavam recompensas, viu que era uma boa oportunidade para se sustentar, mas precisava de total anonimato; foi aí que ela mudou o seu nome para "Kikiya" e entrou em contato com o grupo. Não demorou muito para perceberem que ela era uma profissional ao ser furtiva, Kikiya se tornou a mais nova integrante do grupo dos "Stelfies"... Ela sempre odiou esse nome, mas ao menos o retorno financeiro era satisfatório.

Durante a infiltração, com o seu olhar assíduo aos arredores, ela percebeu que o grupo estava sendo observado. Disse que iria conferir. Quando menos esperou, viu uma silhueta de um jovem rapaz, dizendo a ela que suas habilidades estavam sendo desperdiçadas ao serem usadas para o crime. Ainda alerta, ela temia que ele trabalhasse para a polícia; mas nenhum outro movimento era perceptível, então, ela conseguiu estagnar o garoto; levando-o para o seu esconderijo. Disse que se alguma informação sobre seu grupo viesse à público, ela iria matá-lo. Mas, felizmente, as intenções do garoto eram outras: ele precisava de uma espiã. Kikiya, desacreditada, disse que não largaria o grupo dela de jeito nenhum.

Um tempo depois, o garoto volta e diz disse que eles podem continuar juntos, mas pediu para que eles aceitassem apenas as missões que ele a passar. "Serão missões mais éticas do que essas que vocês fazem" - disse ele. Kikiya disse que precisava de uma confirmação, então, eles marcaram uma pequena reunião com os envolvidos para o dia seguinte.

Após tudo ser esclarecido, Kikiya viu que a causa deles era nobre, mas, o senhor - dono da Liga Ancora, disse para que apenas ela tivesse contato com eles; pois nem a liga, ou seu grupo, poderia vir à público. A liga, apesar de legalizada, não era adequado ser conhecida. Não se deve falar da liga sem estar na liga. Kikiya, sem mais hesitar, aceitou a proposta, e passou a lutar por aquilo que acredita: a esperança de fazer Clivera se tornar uma cidade apraz..